FÓRUM ENTRE A TERRA E O CÉU
CAPÍTULOS QUE SERÃO DEBATIDOS
Cap.16 – Novas experiências.
Noite fechada e alta, tornamos ao domicílio do enfermeiro, seguidos de Clarêncio, que funcionava, como sempre, junto de nós, por mentor diligente e amigo.
Mário Silva, estirado nos lençóis, debalde procurava dormir.
O sonho da véspera castigava-lhe o pensamento.
Ruminando as impressões da manhã, refletia de si para consigo:– “seria realmente Amaro, o rival, quem lhe surgira na forma de um criminoso? e aquela mulher chorosa e acabrunhada seria, porventura, Zulmira, a companheira de infância, que ainda lhe feria as recordações? Onde o motivo de semelhante reencontro? Teimava em afastar para longe as reminiscências da mocidade… por isso mesmo, não acreditava estivesse nele próprio a causa do estranho pesadelo…
Cap.17 – Recuando no tempo.
Depois do nosso esforço de autocondensação, para o necessário ajuste vibratório, Clarêncio abeirou-se dos dois amigos, com o amoroso poder que lhe era característico, e, em nos reconhecendo, Mário associou-nos a presença ao pesadelo da véspera e passou a clamar:
– Meu caso não é com a polícia!… Não precisamos de qualquer delegado aqui!…
– Acalma-te, amigo! – respondeu o Ministro, atencioso. –
Não somos quem julgas. Estamos aqui para que te lembres… É indispensável te recordes.
E, situando a destra na fronte do enfermeiro, reparamos que
Mário Silva aquietava-se, de repente.
Cap.18 – Confissão.
Amaro, cujo semblante exibia os sinais de renovação a que nos reportamos, começou a dizer, comovido:
– Sim, recordo-me perfeitamente… A madrugada do Ano Bom de 1869 ficou marcada para sempre em nossa memória… Abordaríamos Assunção, procedendo de Santo Antônio, em angustiosa expectativa… A curiosidade abafava a exaustão… Lembro-me de que, antecedendo-se ao desembarque, Esteves procurou- nos, solicitando-nos o concurso fraterno para a solução de um problema que reputava importante para o futuro que o aguardava… Éramos três amigos inseparáveis na caserna e achávamo-nos os três juntos… Ele, Júlio e eu…
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